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MARIZA NONOHAY
( Brasil – Rio Grande do Sul )
Natural de Bento Gonçalves-RS.
Advogada, artista plástica e escritora.
Foi presidente do Sindicato dos Artistas Plásticos do Rio Grande do Sul.
Diretora Cultural da ESA- Escola Superior da OABRS. Diretora Cultural da OAB-RS.
Escreve poesia, contos e crônicas, tendo publicado Prosa e Verso em 2010- Ed. Alternativa; Contos, Crônicas e Poemas com a União Brasileira de Escritores, em 2011 – Ed. Alternativa; Contos contemporâneos em 2012 – Ed. Martins Livreiro; Casa do Poeta Rio-Grandense em 2013 – Poebras.
Escreveu para o Jornal Comunidades (Cidreira) e Gazeta de Caxias.
E-mail: nonahay.adv@hotmail.com
VENZON, Altayr; MONCKS, Joaquim; RODRIGUES, Darcila (organizadores). Antologia da Casa do Poeta Rio-Grandense Coletânea Literária. Porto Alegre/RS: Antonio Soares /Edições Caravela, 2025. 216 p. ISBN 978-85-8375-027-7
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda, doação do amigo Brito (livreiro) em 2024.
Compilação
Brincando de viver a vida, ando brincando
E nessa busca de planejar o futuro,
Deixo no escuro do querer, meio tristonho
A triste agrura de reviver, sem nenhum sonho!
Quantas mazelas, quantos caminhos já percorridos
Ficam á margem de um desejo quase esquecido
E perambulam pelos desertos que há em mim
Nem ousadia, nem esperança aqui se deitam
Como num leito de bordéu, tão passageiro
Enceno a vida no personagem de um querer
E os retalhos dos sonhos tristes que ora bordo
Já fazem parte da história, e do viver!
O estrangeiro
neste quarto, o mesmo espelho
que ao nada reduz
a luz fere de esguelha
e traz em si duras parelhas.
espaço onde armo a rede
e ouço o clangor do passado
aqui onde a direção se perde
nenhum lugar há que se desconheça.
neste quarto, no momento
em que a mão se põe suspensa
a voz se faz lamento.
além do desespero e da face tensa
sinto a fria distância dos intrusos
e queima o fogo do tormento.
Interlove
Os dedos chacoalham letras
a tela é a emoção,
parceiros que penduram
em estranha ligação.
O toque é touchscreen
na mão que nunca encontrou
no rosto que apenas viu,
na foto que ela postou.
Alianças se penduram
em dedos imaginários
e os sonhos se decepam
no primeiro itinerário.
Relações de fim dos tempos
são efeitos visionários
numa constante mentira
Shakespare num atalho.
*
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Página publicada em janeiro de 2025
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